quarta-feira, 25 de novembro de 2009

COESÃO E COERÊNCIA (2)

17º ENCONTRO

DATA: 19/11/2009

TEMA: COERÊNCIA E COESÃO



- APRESENTAÇÃO DE SLIDES SOBRE O TEMA COESÃO E COERÊNCIA


Coesão"a união íntima entre as partes de um todo". Aurélio
O emprego dos conectivos (conjunções), advérbios, pronomes e sinônimos.
estabelecer relações lógicas entre os segmentos do texto (conjunções) ou fazer referência a outros elementos presentes na estrutura textual (pronomes, advérbios, sinônimos).

Era um dia claro e animado. Todos queriam desfrutá-lo ao lado dos pássaros e flores em festa. Eu só queria isolar-me do mundo fechada no escuro da decepção.

Era um dia claro e animado. Parecia que todos queriam desfrutá-lo ao lado dos pássaros e flores em festa, ou melhor, quase todos, porque eu não conseguia participar daquele entusiasmo. Eu só queria isolar-me do mundo, fechada no escuro da decepção.
Marina : do seringal ao senado
Aos 37 anos recém-completados, tendo sobrevivido a cinco crises de malária, três hepatites e uma infância desgraçadamente pobre e trabalhosa num remoto seringal no Acre, a senadora Marina da Silva(PT-AC) tinha tudo para estar no bagaço. Bagaço, aliás, era o nome do seringal onde se criou, terceira de doze filhos, mão-de-obra enjeitada numa atividade pesada e predominantemente masculina.

Mas o destino, que a pôs no mundo pelas portas do inferno verde da Amazônia, traçou para Marina planos inesperadamente grandes. Hoje, embelezada e fortalecida pelas surpreendentes vitórias que vem conquistando, Marina é um ser aparentemente delicado em seus 50 quilos distribuídos por 1,62 metros de altura. Só aparência. Ela não leva mais o peso da borracha, mas carrega o fardo da responsabilidade de dar melhores condições de vida aos 65 mil acreanos que votaram nela nas últimas eleições – a maior votação da história do Acre - e a outros milhares que continuam no bagaço na faina diária e insana dos seringais.
Verifique o papel das palavras de coesão, destacando-se entre elas:
1º parágrafo:
"onde" ( lugar);
2º parágrafo:
"mas" (elemento de oposição)
"hoje" (lugar);
"e" (elemento de adição)
"ela" (retoma Marina Silva)
Conjunções
COORDENATIVAS
Aditivas: indicam soma de idéias: e, não só, mas também.
Adversativas: adversidade, oposição, contraste: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante.
Alternativas: alternância ou exclusão: ou, ora, já, ou...ou, ora...ora.

Conclusivas - conclusão: logo, portanto, por conseguinte, pois (posposto ao verbo).
Explicativa – explicação: porque, que porquanto.
SUBORDINATIVAS
Integrantes: que, se
Causais: porque, como, uma vez que, visto que, já que.
Concessivas: embora, ainda que, mesmo que, conquanto, apesar de que.

Condicional: se, caso, desde que, contanto que.
Conformativa: conforme, consoante, segundo, como.
Comparativa: como, mais..do que, menos... do que.
Consecutiva: que, sorte que, de forma que.
Finais: para que, a fim de que.

Proporcionais: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais..., menos.
Temporais: quando, enquanto, antes que, depois que, desde que, logo que, assim que.
Exemplos
Viver ou sonhar?
Viver e sonhar.

Este é um país rico, mas a maior parte de seu povo é muito pobre.
O advogado afirmou que não era corrupto.
Fiz tudo conforme combinamos.
Como chovesse, resolvi adiar o encontro.
Por favor, fale mais alto que eu também quero ouvir

Uma das modalidades de coesão é a remissão. E a coesão pode desempenhar a função de (re)ativação do referente. A reativação do referente no texto é realizada por meio da referenciação anafórica ou catafórica, formando-se cadeias coesivas mais ou menos longas.

A remissão anafórica (para trás) realiza-se por meio de pronomes pessoais de 3ª pessoa (retos e oblíquos) e os demais pronomes; também por numerais, advérbios e artigos.
Exemplo: André e Pedro são fanáticos torcedores de futebol. Apesar disso, são diferentes. Este não briga com quem torce para outro time; aquele o faz.

Explicação: O termo isso retoma o predicado são fanáticos torcedores de futebol; este recupera a palavra Pedro; aquele , o termo André; o faz, o predicado briga com quem torce para o outro time – são anafóricos.

A remissão catafórica (para a frente) realiza-se preferencialmente através de pronomes demonstrativos ou indefinidos neutros, ou de nomes genéricos, mas também por meio das demais espécies de pronomes, de advérbios e de numerais. Exemplos:
Exemplo: Qualquer que tivesse sido seu trabalho anterior, ele o abandonara, mudara de profissão e passara pesadamente a ensinar no curso primário: era tudo o que sabíamos dele, o professor, gordo e silencioso, de ombros contraídos.

Explicação: O pronome possessivo seu e o pronome pessoal reto ele antecipam a expressão o professor – são catafóricos.
Articuladores
No estudo da coesão, nomeiam-se as palavras que ligam idéias de articuladores. Também conhecidos como conjunções, nexos ou conectivos, os articuladores possibilitam estabelecer uma relação de sentido entre as idéias. Leia os exemplos: a) Paulo não jogou bem. Ele estava cansado.b) Joana estudou muito. Ela não passou de série.c) Chuva amanhã. Passeio cancelado.

a) Paulo não jogou bem porque estava cansado.(relação de explicação/ ) b)Joana estudou muito, mas não passou de série. (relação de oposição/ )c) Se houver chuva amanhã, o passeio será cancelado. (relação de condição)

Os articuladores apresentam dez (10) possibilidades de . Abaixo verifique o quadro que contempla todos esses sentidos, bem como alguns exemplos de articuladores.

ADIÇÃO: e, também, ainda, não só...mas também, além disso.

OPOSIÇÃO / CONCESSÃO: mas, porém, contudo, entretanto, no entanto, embora, apesar de, mesmo que etc.
EXPLICAÇÃO / CAUSALIDADE: porque, pois, visto que, uma vez que, já que etc.
COMPARAÇÃO: tal qual, mais que, menos que, como etc.
CONDIÇÃO: se, caso, desde que, quando etc.

ALTERNÂNCIA OU DISJUNÇÃO: ou...ou, ora...ora, seja...seja, quer...quer etc.
TEMPORALIDADE/ PROPORCIONALIDADE: no momento em que, à medida que, mal, quando, enquanto, quanto mais...mais, à proporção que etc.
FINALIDADE: a fim de, com o objetivo de, para etc.
CONFORMIDADE: segundo, conforme, de acordo com, como etc.
CONCLUSÃO: portanto, assim, logo, etc.
A coerência textual
Ao organizar as ideias é imperioso que as ideias não se contradigam. Um pressuposto deve estar relacionado com o pressuposto seguinte formando uma cadeia em que haja harmonia. O fragmento abaixo explica a coerência.
A sociedade secreta grega


As colônias gregas ao longo dos mares Negro e Mediterrâneo eram ponto de contato entre amigos de conhecimento, como o Egito, a Babilônia e a Magna Grécia. Foi em uma dessas colônias, Samos, que nasceu um personagem genial – meio místico, meio mágico -, cujo lema era "tudo é número". Pitágoras , pois é dele que estamos falando, viveu entre 580 e 500 a.C. aproximadamente. Viajou muito, pode ter conhecido até a Índia. Em Crotona, na costa do sudeste do que hoje é a Itália fundou uma sociedade secreta cuja base era o estudo da matemática e da filosofia

A escola Pitágoras tinha um código de conduta rígido, acreditava na transmigração das almas e, portanto que não se devia matar ou comer animal porque ele poderia ser a moradia de um amigo morto. Também não se podiam comer lentilhas ou alimentos que causassem gases. Os pitagóricos imaginavam que os números ímpares tinham atributos masculinos e os pares eram femininos. O número 1, diziam, é o gerador dos outros números e o número da razão.
Galileu Especial, nº 1, abr. 2003
Haveria coerência se afirmasse que :
As colônias gregas ao longo do Oceano Pacífico eram pontos de contato entre centros antigos de conhecimento, como os Estados Unidos e o Brasil...

Não haveria coerência pois:
As colônias gregas não se situavam ao longo do Pacífico e sim do mar Mediterrâneo.
Estados Unidos e o Brasil não eram centros antigos de conhecimento.
Coerência argumentativa
Apresentação de dados, opiniões e exemplos, a fim de defender uma tese ou questionar determinado assunto. A tese deve ser defendida com apresentação de argumentos numa seqüência lógica, com início - apresentação da idéia; desenvolvimento - argumentos que sustentam as idéias (tese); conclusão deve ser uma decorrência lógica da argumentação.
Coerência narrativa:
a base está na decorrência lógica das ações e da relação entre a ação e a personagem que a executa. As ações devem estar relacionadas a suas personagens apresentando, sem contradição para não tornar a narrativa inverossímil
Coerência descritiva
enfatizam-se elementos que caracterizam as personagens, o ambiente e os objetos.
Diferenças entre coesão e coerência
Quanto ao plano:
Coesão: plano gramatical e nível frasal.
Coerência: plano cognitivo: inteligibilidade do texto.

Quanto à relação:
Coesão: relação sintática entre os termos enunciado.
Coerência: relação de conteúdo entre as palavras e frases.

Quanto a localização:
Coesão: encontra-se na superfície do texto: conexão sequencial.
Coerência : localiza-se na subjacência do texto: conexão conceitual

Quanto à abrangência:
Coesão: relaciona-se com a microestrutura.
Coerência: relaciona-se com a macroestrutura

Quanto aos componentes:
Coesão: trabalha com os componentes do texto; está na adjacência dos termos.
Coerência: trabalha com o global; está no conteúdo do texto.
NÃO DEIXE O AMOR PASSAR Carlos Drummond de Andrade
Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu

Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.

Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.


Melhor uma criança empé na escola do que sentada na calçada. Sobretudo quando a professora exala sua dignidade e amor pelos alunos.

COERÊNCIA TEXTUAL

16º ENCONTRO

DATA: 12/11/09

TEMA: COERÊNCIA E COESÃO


Coerência textual

Um texto é coerente quando é possível interpretá-lo. Estudar a coerência de um texto é, pois, estudar as condições de sua interpretabilidade. Existem condições de interpretabilidade ligadas diretamente ao texto, como o conhecimento e o uso adequado dos recursos léxicos e gramaticais da língua. Se alguém ouvisse ou lesse coisas como:
Quem tem uma foto importada de 1000 cc, que custa US$ 20.000, não vai expô-la ao trânsito de uma cidade como São Paulo.
Holyfield venceu a luta, apesar de ser o mais forte dos lutadores.
não hesitaria em classificá-las como incoerentes. No primeiro caso, houve o uso inadequado de uma palavra do léxico. Basta trocar a palavra foto pela palavra moto que o texto fica coerente. No segundo caso, houve uma falha gramatical. A conjunção apesar de não está adequada para unir as duas idéias expostas no texto. Se a substituirmos pela conjunção pois tudo volta a ficar bem, em uma outra versão como:
Holyfield venceu a luta, pois era o mais forte dos lutadores.
Mas a coerência de um texto depende também de outros fatores, como os elementos contextualizadores que são data, local, assinatura, elementos gráficos etc. “ancoram” um texto em uma situação comunicativa determinada. Imagine o seguinte texto contextualizado de duas maneiras diferentes:
Hoje, eu, o rei, convido todos a comparecer em massa, para assistir ao massacre de Israel.
assinado: Imperador Tito, Jerusalém, ano 70
assinado: Pelé, Rio de Janeiro, 1995.
No caso [a], teríamos o relato de fato relacionado à história do povo judeu. No [b], um prognóstico sobre um jogo de futebol, envolvendo duas seleções.
Mas a coerência de um texto depende também do nosso conhecimento de mundo.Alguém que não conheça a história de Roma, da ocupação da Judéia pelos romanos e a sua destruição pelo imperador Tito, terá mais dificuldades para entender a primeira contextualização.
Se alguém nos disser que, quando assistia a um casamento, a luz se apagou justamente no momento em que a noiva ia saindo da igreja, todos nós saberemos, sem que esteja dito no texto, que a noiva caminhava pelo corredor central da igreja, vindo do altar, em direção à porta principal, e que estava acompanhada do noivo que, nesse momento, já era seu marido. Tudo isso porque, como ocidentais e brasileiros, temos, em nosso repertório, o esquema sobre como se processa um casamento em uma igreja católica. Se disséssemos a mesma coisa a um indiano, por exemplo, ele teria dificuldade em perceber a coerência do texto, por falta de repertório.
A propósito, você consegue imaginar o tipo de cultura ou conhecimento de mundo que tornaria coerente o texto a seguir, citado por Richard Gordon, em seu livro A assustadora história da medicina?
Verrugas – procure um homem que nunca viu o próprio pai e peça para tocar no seu casaco. Como profilaxia, nunca deixe seus filhos tocarem na água onde foram cozidos ovos.
(GORDON, A assustadora história da medicina, p. 157.)


As meta-regras de coerência
Pesquisando sobre a coerência dos textos, um estudioso francês chamado Michel Charolles conseguiu descobrir quatro princípios fundamentais responsáveis pela coerência textual. Chamou-os de meta-regras da coerência. São as seguintes:
Meta-regra da repetição – um texto coerente deve ter elementos repetidos;
Meta-regra de progressão – um texto coerente deve apresentar renovação do suporte semântico;
Meta-regra da não-contradição – em um texto coerente, o que se diz depois não pode contradizer o que se disse antes ou que ficou pressuposto;
Meta-regra de relação – em um texto coerente, seu conteúdo deve estar adequado a um estado de coisas no mundo real ou em mundos possíveis.
Vejamos cada uma delas. A primeira, a meta-regra da repetição, nada mais é do que aquilo que chamamos de coesão textual. O fato de, em uma frase, recuperarmos termos de frases anteriores, por meio de pronomes, elipses, elementos lexicais ou substitutivos constitui um processo de repetição ou recorrência. A coesão textual é, portanto, a primeira condição (necessária, mas não suficiente) para que um texto seja coerente.
A meta-regra de progressão nos diz que um texto deve sempre apresentar informações novas à medida que vai sendo escrito. Vejamos o texto a seguir:
Essa criança não come nada. Fica apenas brincando com os talheres, ou seja: pega a colher, o garfo e não olha para o prato de comida. Ela não se alimenta. Brinca apenas. Diverte-se com uma colher e um cargo e o prato fica na mesa. O ato de brincar substitui o ato de alimentar-se.
Esse texto, embora apresente elementos recorrentes (coesão), não apresenta progressão. É um texto circular, sem informatividade alguma. Portanto, incoerente.
A meta-regra da não-contradição nos diz que cada pedaço de texto deve “fazer sentido” com o que se disse antes. Vejamos o texto a seguir:
Para as tropas aliadas, o dia 4 de junho foi um dia terrível. Os homens da 4ª Divisão de Infantaria ficaram o dia inteiro no mar. Os navios-transporte e as embarcações de desembarque faziam círculos ao largo da ilha de Wight. As ondas arrebentavam sobre os lados, caía uma chuva forte. Os homens estavam prontos para o combate, mas sem destino nenhum. Depois dessa exaustiva caminhada, todos estavam cansados. Nesse dia 3 de junho, ninguém queria jogar dados ou pôquer, ou ler um livro ou ouvir outra instrução. O desânimo tomava conta de todos.
(AMBROSE, O dia D – 6 de julho de 1944: A batalha culminante da Segunda Grande Guerra, p. 221. – adaptado - )
A informação de que os soldados estavam exaustos depois de uma caminhada contradiz o que está pressuposto na parte inicial do texto. Afinal, eles estavam embarcados em navios-transporte e embarcações de desembarque e pressupõe-se que, nessas condições, soldados não façam caminhadas. A informação de que no dia 3 de junho ninguém queria jogar dados ou pôquer etc. contradiz o que está explicitado no início: o dia era 4 de junho. O texto em questão tem coesão, progressão, mas é contraditório e, por isso, incoerente.
Finalmente, a meta-regra de relação estabelece que o conteúdo do texto deve estar adequado a um estado de coisas no mundo real ou em mundos possíveis. Vejamos o seguinte texto:
O município de São José do Rio Preto abrange uma região imensa que é composta por vários Estados limítrofes que ocupam uma área respeitável [...] Conta ainda com uma superpopulação, com uma maioria de pessoas cultas e uma juventude com grandes recursos educacionais, cursando as várias escolas e faculdades.
Isto posto, nossa cidade sente falta urgente de uma Capela Crematória. Para os leigos é preciso esclarecer que, para um corpo ser exumado através de forno crematório, há necessidade que ele registre esta vontade em duas testemunhas. Somente o interessado poderá usar esta forma de suprir seu desejo, caso contrário, a exumação seria da forma natural, ou seja: o sepultamento.
(Diário da Região,S.J. do Rio Preto,15 abr. 1998 (trecho de uma carta escrita por um leitor)
Esse texto contraria de várias maneiras a meta-regra de relação, pois seu conteúdo não está de acordo com o mundo real. Afinal, São José do Rio Preto não se limita com vários Estados, não tem superpopulação, um corpo (uma pessoa morta) não pode mais registrar vontade alguma, e, se pudesse, não seria em duas testemunhas, mas diante de duas testemunhas. Há também o emprego inadequado do léxico. Afinal, exumar não é o mesmo que cremar ou sepultar.


O QUE É UM TEXTO? - ESTILO, COERÊNCIA E COESÃO

15º ENCONTRO

DATA: 05/11/2009

TEMA: Estilo, Coerência e Coesão

COESÃO

O QUE É UM TEXTO?

Texto:
não é uma simples seqüência de frases isoladas, mas uma unidade lingüística com propriedades estruturais específicas.

Texto: unidade básica de manifestação da linguagem.
ELEMENTOS RESPONSÁVEIS PELA TEXTUALIDADE
Coesão;
Coerência;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Aceitabilidade.
COESÃO TEXTUAL
A coesão textual ocorre quando a interpretação de um elemento no discurso é dependente da de outro. Um pressupõe o outro.

Trata-se de uma relação semântica, realizada por meio do sistema léxico-gramatical, que dá maior legibilidade ao texto.
Ela sabia que isso iria acontecer com ele.
COESÃO TEXTUAL
O filho desobedeceu à mãe e se deu mal.

Ela sabia que isso iria acontecer com ele.


COESÃO TEXTUAL
O filho desobedeceu à mãe e se deu mal.

Ela sabia que isso iria acontecer com ele.


RECURSOS SEMÂNTICOS: ELOS COESIVOS
Exemplo:



Os jovens não têm noção do perigo. Eles acham que são imunes a tudo.
COESÃO X COERÊNCIA
COESÃO
São as articulações gramaticais existentes entre as palavras, orações, frases, parágrafos e partes maiores de um texto que garantem sua conexão sequencial.
COERÊNCIA
É o resultado da articulação das idéias de um texto; é a estrutura lógico-semântica que faz com que numa situação discursiva palavras e frases componham um todo significativo para os interlocutores.
COERÊNCIA SEM COESÃO
Olhar fito no horizonte. Apenas o mar imenso. Nenhum sinal de vida humana. Tentativa desesperada de recordar alguma coisa. Nada.
COESÃO SEM COERÊNCIA
Fui à praia me bronzear porque estava nevando e, quando isso ocorre, o calor aumenta, o que faz com que sintamos frio.


IMPORTANTE
Coesão não é condição necessária nem suficiente para que um texto seja um texto.

MAS: uso de elementos coesivos assegura a legibilidade, explicitando os tipos de relações entre os segmentos do texto.