sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

COESÃO E COERÊNCIA (1)

18º ENCONTRO


DATA: 26/11/09

COESÃO e COERÊNCIA


OBJETIVOS:


  • Compartilhar experiências vivenciadas em sala de aula, através do relato da aplicação das atividades desenvolvidas pelos cursistas com as suas respectivas turmas do Ensino Fundamental.
  • Reconhecer elementos de "coesão" e "coerência" a partir de um texto produzido por um aluno do Ensino Fundamental.
  • Criar um roteiro de atividades para sanar as dificuldades de aprendizagem detectadas no texto do aluno.
DESENVOLVIMENTO:
  • Relato das experiências vivenciadas em sala de aula;
  • Apreciação de um texto produzido por um aluno da 5ª série do Ensino Fundamental;
  • Levantamento de hipóteses sobre: o nível de letramento do educando, faixa-etária, dificuldades de aprendizagem, nível sócio-econômico etc;
  • Análise do texto do aluno quanto à COESÃO e COERÊNCIA;
  • Produção de um roteiro de atividades para sanar uma das dificuldades de aprendizagem detectadas no texto do educando.



quarta-feira, 25 de novembro de 2009

COESÃO E COERÊNCIA (2)

17º ENCONTRO

DATA: 19/11/2009

TEMA: COERÊNCIA E COESÃO



- APRESENTAÇÃO DE SLIDES SOBRE O TEMA COESÃO E COERÊNCIA


Coesão"a união íntima entre as partes de um todo". Aurélio
O emprego dos conectivos (conjunções), advérbios, pronomes e sinônimos.
estabelecer relações lógicas entre os segmentos do texto (conjunções) ou fazer referência a outros elementos presentes na estrutura textual (pronomes, advérbios, sinônimos).

Era um dia claro e animado. Todos queriam desfrutá-lo ao lado dos pássaros e flores em festa. Eu só queria isolar-me do mundo fechada no escuro da decepção.

Era um dia claro e animado. Parecia que todos queriam desfrutá-lo ao lado dos pássaros e flores em festa, ou melhor, quase todos, porque eu não conseguia participar daquele entusiasmo. Eu só queria isolar-me do mundo, fechada no escuro da decepção.
Marina : do seringal ao senado
Aos 37 anos recém-completados, tendo sobrevivido a cinco crises de malária, três hepatites e uma infância desgraçadamente pobre e trabalhosa num remoto seringal no Acre, a senadora Marina da Silva(PT-AC) tinha tudo para estar no bagaço. Bagaço, aliás, era o nome do seringal onde se criou, terceira de doze filhos, mão-de-obra enjeitada numa atividade pesada e predominantemente masculina.

Mas o destino, que a pôs no mundo pelas portas do inferno verde da Amazônia, traçou para Marina planos inesperadamente grandes. Hoje, embelezada e fortalecida pelas surpreendentes vitórias que vem conquistando, Marina é um ser aparentemente delicado em seus 50 quilos distribuídos por 1,62 metros de altura. Só aparência. Ela não leva mais o peso da borracha, mas carrega o fardo da responsabilidade de dar melhores condições de vida aos 65 mil acreanos que votaram nela nas últimas eleições – a maior votação da história do Acre - e a outros milhares que continuam no bagaço na faina diária e insana dos seringais.
Verifique o papel das palavras de coesão, destacando-se entre elas:
1º parágrafo:
"onde" ( lugar);
2º parágrafo:
"mas" (elemento de oposição)
"hoje" (lugar);
"e" (elemento de adição)
"ela" (retoma Marina Silva)
Conjunções
COORDENATIVAS
Aditivas: indicam soma de idéias: e, não só, mas também.
Adversativas: adversidade, oposição, contraste: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante.
Alternativas: alternância ou exclusão: ou, ora, já, ou...ou, ora...ora.

Conclusivas - conclusão: logo, portanto, por conseguinte, pois (posposto ao verbo).
Explicativa – explicação: porque, que porquanto.
SUBORDINATIVAS
Integrantes: que, se
Causais: porque, como, uma vez que, visto que, já que.
Concessivas: embora, ainda que, mesmo que, conquanto, apesar de que.

Condicional: se, caso, desde que, contanto que.
Conformativa: conforme, consoante, segundo, como.
Comparativa: como, mais..do que, menos... do que.
Consecutiva: que, sorte que, de forma que.
Finais: para que, a fim de que.

Proporcionais: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais..., menos.
Temporais: quando, enquanto, antes que, depois que, desde que, logo que, assim que.
Exemplos
Viver ou sonhar?
Viver e sonhar.

Este é um país rico, mas a maior parte de seu povo é muito pobre.
O advogado afirmou que não era corrupto.
Fiz tudo conforme combinamos.
Como chovesse, resolvi adiar o encontro.
Por favor, fale mais alto que eu também quero ouvir

Uma das modalidades de coesão é a remissão. E a coesão pode desempenhar a função de (re)ativação do referente. A reativação do referente no texto é realizada por meio da referenciação anafórica ou catafórica, formando-se cadeias coesivas mais ou menos longas.

A remissão anafórica (para trás) realiza-se por meio de pronomes pessoais de 3ª pessoa (retos e oblíquos) e os demais pronomes; também por numerais, advérbios e artigos.
Exemplo: André e Pedro são fanáticos torcedores de futebol. Apesar disso, são diferentes. Este não briga com quem torce para outro time; aquele o faz.

Explicação: O termo isso retoma o predicado são fanáticos torcedores de futebol; este recupera a palavra Pedro; aquele , o termo André; o faz, o predicado briga com quem torce para o outro time – são anafóricos.

A remissão catafórica (para a frente) realiza-se preferencialmente através de pronomes demonstrativos ou indefinidos neutros, ou de nomes genéricos, mas também por meio das demais espécies de pronomes, de advérbios e de numerais. Exemplos:
Exemplo: Qualquer que tivesse sido seu trabalho anterior, ele o abandonara, mudara de profissão e passara pesadamente a ensinar no curso primário: era tudo o que sabíamos dele, o professor, gordo e silencioso, de ombros contraídos.

Explicação: O pronome possessivo seu e o pronome pessoal reto ele antecipam a expressão o professor – são catafóricos.
Articuladores
No estudo da coesão, nomeiam-se as palavras que ligam idéias de articuladores. Também conhecidos como conjunções, nexos ou conectivos, os articuladores possibilitam estabelecer uma relação de sentido entre as idéias. Leia os exemplos: a) Paulo não jogou bem. Ele estava cansado.b) Joana estudou muito. Ela não passou de série.c) Chuva amanhã. Passeio cancelado.

a) Paulo não jogou bem porque estava cansado.(relação de explicação/ ) b)Joana estudou muito, mas não passou de série. (relação de oposição/ )c) Se houver chuva amanhã, o passeio será cancelado. (relação de condição)

Os articuladores apresentam dez (10) possibilidades de . Abaixo verifique o quadro que contempla todos esses sentidos, bem como alguns exemplos de articuladores.

ADIÇÃO: e, também, ainda, não só...mas também, além disso.

OPOSIÇÃO / CONCESSÃO: mas, porém, contudo, entretanto, no entanto, embora, apesar de, mesmo que etc.
EXPLICAÇÃO / CAUSALIDADE: porque, pois, visto que, uma vez que, já que etc.
COMPARAÇÃO: tal qual, mais que, menos que, como etc.
CONDIÇÃO: se, caso, desde que, quando etc.

ALTERNÂNCIA OU DISJUNÇÃO: ou...ou, ora...ora, seja...seja, quer...quer etc.
TEMPORALIDADE/ PROPORCIONALIDADE: no momento em que, à medida que, mal, quando, enquanto, quanto mais...mais, à proporção que etc.
FINALIDADE: a fim de, com o objetivo de, para etc.
CONFORMIDADE: segundo, conforme, de acordo com, como etc.
CONCLUSÃO: portanto, assim, logo, etc.
A coerência textual
Ao organizar as ideias é imperioso que as ideias não se contradigam. Um pressuposto deve estar relacionado com o pressuposto seguinte formando uma cadeia em que haja harmonia. O fragmento abaixo explica a coerência.
A sociedade secreta grega


As colônias gregas ao longo dos mares Negro e Mediterrâneo eram ponto de contato entre amigos de conhecimento, como o Egito, a Babilônia e a Magna Grécia. Foi em uma dessas colônias, Samos, que nasceu um personagem genial – meio místico, meio mágico -, cujo lema era "tudo é número". Pitágoras , pois é dele que estamos falando, viveu entre 580 e 500 a.C. aproximadamente. Viajou muito, pode ter conhecido até a Índia. Em Crotona, na costa do sudeste do que hoje é a Itália fundou uma sociedade secreta cuja base era o estudo da matemática e da filosofia

A escola Pitágoras tinha um código de conduta rígido, acreditava na transmigração das almas e, portanto que não se devia matar ou comer animal porque ele poderia ser a moradia de um amigo morto. Também não se podiam comer lentilhas ou alimentos que causassem gases. Os pitagóricos imaginavam que os números ímpares tinham atributos masculinos e os pares eram femininos. O número 1, diziam, é o gerador dos outros números e o número da razão.
Galileu Especial, nº 1, abr. 2003
Haveria coerência se afirmasse que :
As colônias gregas ao longo do Oceano Pacífico eram pontos de contato entre centros antigos de conhecimento, como os Estados Unidos e o Brasil...

Não haveria coerência pois:
As colônias gregas não se situavam ao longo do Pacífico e sim do mar Mediterrâneo.
Estados Unidos e o Brasil não eram centros antigos de conhecimento.
Coerência argumentativa
Apresentação de dados, opiniões e exemplos, a fim de defender uma tese ou questionar determinado assunto. A tese deve ser defendida com apresentação de argumentos numa seqüência lógica, com início - apresentação da idéia; desenvolvimento - argumentos que sustentam as idéias (tese); conclusão deve ser uma decorrência lógica da argumentação.
Coerência narrativa:
a base está na decorrência lógica das ações e da relação entre a ação e a personagem que a executa. As ações devem estar relacionadas a suas personagens apresentando, sem contradição para não tornar a narrativa inverossímil
Coerência descritiva
enfatizam-se elementos que caracterizam as personagens, o ambiente e os objetos.
Diferenças entre coesão e coerência
Quanto ao plano:
Coesão: plano gramatical e nível frasal.
Coerência: plano cognitivo: inteligibilidade do texto.

Quanto à relação:
Coesão: relação sintática entre os termos enunciado.
Coerência: relação de conteúdo entre as palavras e frases.

Quanto a localização:
Coesão: encontra-se na superfície do texto: conexão sequencial.
Coerência : localiza-se na subjacência do texto: conexão conceitual

Quanto à abrangência:
Coesão: relaciona-se com a microestrutura.
Coerência: relaciona-se com a macroestrutura

Quanto aos componentes:
Coesão: trabalha com os componentes do texto; está na adjacência dos termos.
Coerência: trabalha com o global; está no conteúdo do texto.
NÃO DEIXE O AMOR PASSAR Carlos Drummond de Andrade
Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu

Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.

Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.


Melhor uma criança empé na escola do que sentada na calçada. Sobretudo quando a professora exala sua dignidade e amor pelos alunos.

COERÊNCIA TEXTUAL

16º ENCONTRO

DATA: 12/11/09

TEMA: COERÊNCIA E COESÃO


Coerência textual

Um texto é coerente quando é possível interpretá-lo. Estudar a coerência de um texto é, pois, estudar as condições de sua interpretabilidade. Existem condições de interpretabilidade ligadas diretamente ao texto, como o conhecimento e o uso adequado dos recursos léxicos e gramaticais da língua. Se alguém ouvisse ou lesse coisas como:
Quem tem uma foto importada de 1000 cc, que custa US$ 20.000, não vai expô-la ao trânsito de uma cidade como São Paulo.
Holyfield venceu a luta, apesar de ser o mais forte dos lutadores.
não hesitaria em classificá-las como incoerentes. No primeiro caso, houve o uso inadequado de uma palavra do léxico. Basta trocar a palavra foto pela palavra moto que o texto fica coerente. No segundo caso, houve uma falha gramatical. A conjunção apesar de não está adequada para unir as duas idéias expostas no texto. Se a substituirmos pela conjunção pois tudo volta a ficar bem, em uma outra versão como:
Holyfield venceu a luta, pois era o mais forte dos lutadores.
Mas a coerência de um texto depende também de outros fatores, como os elementos contextualizadores que são data, local, assinatura, elementos gráficos etc. “ancoram” um texto em uma situação comunicativa determinada. Imagine o seguinte texto contextualizado de duas maneiras diferentes:
Hoje, eu, o rei, convido todos a comparecer em massa, para assistir ao massacre de Israel.
assinado: Imperador Tito, Jerusalém, ano 70
assinado: Pelé, Rio de Janeiro, 1995.
No caso [a], teríamos o relato de fato relacionado à história do povo judeu. No [b], um prognóstico sobre um jogo de futebol, envolvendo duas seleções.
Mas a coerência de um texto depende também do nosso conhecimento de mundo.Alguém que não conheça a história de Roma, da ocupação da Judéia pelos romanos e a sua destruição pelo imperador Tito, terá mais dificuldades para entender a primeira contextualização.
Se alguém nos disser que, quando assistia a um casamento, a luz se apagou justamente no momento em que a noiva ia saindo da igreja, todos nós saberemos, sem que esteja dito no texto, que a noiva caminhava pelo corredor central da igreja, vindo do altar, em direção à porta principal, e que estava acompanhada do noivo que, nesse momento, já era seu marido. Tudo isso porque, como ocidentais e brasileiros, temos, em nosso repertório, o esquema sobre como se processa um casamento em uma igreja católica. Se disséssemos a mesma coisa a um indiano, por exemplo, ele teria dificuldade em perceber a coerência do texto, por falta de repertório.
A propósito, você consegue imaginar o tipo de cultura ou conhecimento de mundo que tornaria coerente o texto a seguir, citado por Richard Gordon, em seu livro A assustadora história da medicina?
Verrugas – procure um homem que nunca viu o próprio pai e peça para tocar no seu casaco. Como profilaxia, nunca deixe seus filhos tocarem na água onde foram cozidos ovos.
(GORDON, A assustadora história da medicina, p. 157.)


As meta-regras de coerência
Pesquisando sobre a coerência dos textos, um estudioso francês chamado Michel Charolles conseguiu descobrir quatro princípios fundamentais responsáveis pela coerência textual. Chamou-os de meta-regras da coerência. São as seguintes:
Meta-regra da repetição – um texto coerente deve ter elementos repetidos;
Meta-regra de progressão – um texto coerente deve apresentar renovação do suporte semântico;
Meta-regra da não-contradição – em um texto coerente, o que se diz depois não pode contradizer o que se disse antes ou que ficou pressuposto;
Meta-regra de relação – em um texto coerente, seu conteúdo deve estar adequado a um estado de coisas no mundo real ou em mundos possíveis.
Vejamos cada uma delas. A primeira, a meta-regra da repetição, nada mais é do que aquilo que chamamos de coesão textual. O fato de, em uma frase, recuperarmos termos de frases anteriores, por meio de pronomes, elipses, elementos lexicais ou substitutivos constitui um processo de repetição ou recorrência. A coesão textual é, portanto, a primeira condição (necessária, mas não suficiente) para que um texto seja coerente.
A meta-regra de progressão nos diz que um texto deve sempre apresentar informações novas à medida que vai sendo escrito. Vejamos o texto a seguir:
Essa criança não come nada. Fica apenas brincando com os talheres, ou seja: pega a colher, o garfo e não olha para o prato de comida. Ela não se alimenta. Brinca apenas. Diverte-se com uma colher e um cargo e o prato fica na mesa. O ato de brincar substitui o ato de alimentar-se.
Esse texto, embora apresente elementos recorrentes (coesão), não apresenta progressão. É um texto circular, sem informatividade alguma. Portanto, incoerente.
A meta-regra da não-contradição nos diz que cada pedaço de texto deve “fazer sentido” com o que se disse antes. Vejamos o texto a seguir:
Para as tropas aliadas, o dia 4 de junho foi um dia terrível. Os homens da 4ª Divisão de Infantaria ficaram o dia inteiro no mar. Os navios-transporte e as embarcações de desembarque faziam círculos ao largo da ilha de Wight. As ondas arrebentavam sobre os lados, caía uma chuva forte. Os homens estavam prontos para o combate, mas sem destino nenhum. Depois dessa exaustiva caminhada, todos estavam cansados. Nesse dia 3 de junho, ninguém queria jogar dados ou pôquer, ou ler um livro ou ouvir outra instrução. O desânimo tomava conta de todos.
(AMBROSE, O dia D – 6 de julho de 1944: A batalha culminante da Segunda Grande Guerra, p. 221. – adaptado - )
A informação de que os soldados estavam exaustos depois de uma caminhada contradiz o que está pressuposto na parte inicial do texto. Afinal, eles estavam embarcados em navios-transporte e embarcações de desembarque e pressupõe-se que, nessas condições, soldados não façam caminhadas. A informação de que no dia 3 de junho ninguém queria jogar dados ou pôquer etc. contradiz o que está explicitado no início: o dia era 4 de junho. O texto em questão tem coesão, progressão, mas é contraditório e, por isso, incoerente.
Finalmente, a meta-regra de relação estabelece que o conteúdo do texto deve estar adequado a um estado de coisas no mundo real ou em mundos possíveis. Vejamos o seguinte texto:
O município de São José do Rio Preto abrange uma região imensa que é composta por vários Estados limítrofes que ocupam uma área respeitável [...] Conta ainda com uma superpopulação, com uma maioria de pessoas cultas e uma juventude com grandes recursos educacionais, cursando as várias escolas e faculdades.
Isto posto, nossa cidade sente falta urgente de uma Capela Crematória. Para os leigos é preciso esclarecer que, para um corpo ser exumado através de forno crematório, há necessidade que ele registre esta vontade em duas testemunhas. Somente o interessado poderá usar esta forma de suprir seu desejo, caso contrário, a exumação seria da forma natural, ou seja: o sepultamento.
(Diário da Região,S.J. do Rio Preto,15 abr. 1998 (trecho de uma carta escrita por um leitor)
Esse texto contraria de várias maneiras a meta-regra de relação, pois seu conteúdo não está de acordo com o mundo real. Afinal, São José do Rio Preto não se limita com vários Estados, não tem superpopulação, um corpo (uma pessoa morta) não pode mais registrar vontade alguma, e, se pudesse, não seria em duas testemunhas, mas diante de duas testemunhas. Há também o emprego inadequado do léxico. Afinal, exumar não é o mesmo que cremar ou sepultar.


O QUE É UM TEXTO? - ESTILO, COERÊNCIA E COESÃO

15º ENCONTRO

DATA: 05/11/2009

TEMA: Estilo, Coerência e Coesão

COESÃO

O QUE É UM TEXTO?

Texto:
não é uma simples seqüência de frases isoladas, mas uma unidade lingüística com propriedades estruturais específicas.

Texto: unidade básica de manifestação da linguagem.
ELEMENTOS RESPONSÁVEIS PELA TEXTUALIDADE
Coesão;
Coerência;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Aceitabilidade.
COESÃO TEXTUAL
A coesão textual ocorre quando a interpretação de um elemento no discurso é dependente da de outro. Um pressupõe o outro.

Trata-se de uma relação semântica, realizada por meio do sistema léxico-gramatical, que dá maior legibilidade ao texto.
Ela sabia que isso iria acontecer com ele.
COESÃO TEXTUAL
O filho desobedeceu à mãe e se deu mal.

Ela sabia que isso iria acontecer com ele.


COESÃO TEXTUAL
O filho desobedeceu à mãe e se deu mal.

Ela sabia que isso iria acontecer com ele.


RECURSOS SEMÂNTICOS: ELOS COESIVOS
Exemplo:



Os jovens não têm noção do perigo. Eles acham que são imunes a tudo.
COESÃO X COERÊNCIA
COESÃO
São as articulações gramaticais existentes entre as palavras, orações, frases, parágrafos e partes maiores de um texto que garantem sua conexão sequencial.
COERÊNCIA
É o resultado da articulação das idéias de um texto; é a estrutura lógico-semântica que faz com que numa situação discursiva palavras e frases componham um todo significativo para os interlocutores.
COERÊNCIA SEM COESÃO
Olhar fito no horizonte. Apenas o mar imenso. Nenhum sinal de vida humana. Tentativa desesperada de recordar alguma coisa. Nada.
COESÃO SEM COERÊNCIA
Fui à praia me bronzear porque estava nevando e, quando isso ocorre, o calor aumenta, o que faz com que sintamos frio.


IMPORTANTE
Coesão não é condição necessária nem suficiente para que um texto seja um texto.

MAS: uso de elementos coesivos assegura a legibilidade, explicitando os tipos de relações entre os segmentos do texto.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

LEITURA E PROCESSOS DE ESCRITA - Parte II

                             


OBJETIVOS:

· Refletir sobre as práticas da leitura e da escrita no cotidiano;
· Relacionar o letramento com as práticas de cultura local;
. Refletir sobre o papel da educação como meio de transformação social;
. Conhecer o método de alfabetização de Paulo Freire e a pedagogia do oprimido.

DESENVOLVIMENTO:

- Apresentação do vídeo com a última entrevista de Paulo Freire.




                              Paulo Freire - Educar para transformar


- Apresentação do vídeo "Jô entrevista  Patativa do Assaré."

- Patativa do Assaré fala sobre a sua escolarização

- Debate sobre o material apresentado.

        Nossas práticas de leitura-escrita no cotidiano geralmente são baseadas em uma boa intuição, ou seja, tomamos decisões rápidas porque nos baseamos nas experiências anteriores em que utilizamos a escrita. Variamos a forma com que entendemos a função que os diferentes textos exercem, de acordo com a situação sociocomunicativa, e procuramos terminar a tarefa fazendo uso de diversos elementos e processos que se tornam necessários.
        Escrever é uma atividade importante tanto dentro como fora da escola. A escrita ocorre porque exerce diferentes funções comunicativas e finalidades, considerando os objetivos de quem escreve e de quem lê. Em sala de aula a prática de escrita deve preparar os alunos para se comunicarem adequadamente nas diferentes funções de trabalho que venha a ocupar, na continuidade dos estudos, no lazer, nas resoluções de problemas do cotidiano, na religião, etc.
       O apredizado da leitura e da escrita ocorrem parte no cotidiano, no nosso dia-a-dia, e parte por meio de atividades sistemáticas na escola, com a utilização de reflexões sobre as práticas de nossa cultura e de outras culturas.
       Trabalhar a leitura e a escrita de forma eficiente depende do desenvolvimento de atividades que nos levem a praticar e refletir sobre as diferentes situações sociocomunicativas, os gêneros, as técnicas de leitura e escrita, dependendo dos objetivos e temas propostos.
       O desenvolvimento das competências de leitura e escrita depende também da intervenção criativa, crítica e funcional do professor que planeja atividades e práticas de leitura e escrita que sejam prazerosas e significativas para os alunos.
                       Maria Antonieta Antunes Cunha (UFMG)

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

LEITURA E PROCESSOS DE ESCRITA - Parte I

 LEITURA E PROCESSOS DE ESCRITA



OBJETIVOS:


  • Refletir sobre as práticas da leitura e da escrita no cotidiano;

  • Relacionar o letramento com as práticas de cultura local;

DESENVOLVIMENTO:


  • Apresentação do vídeo "Chico Bento no Shopping"



  • DEBATE SOBRE OS SEGUINTES TÓPICOS:

  • Qual a reação de Chico Bento ao chegar no shopping pela primeira vez?

  • Que tipo de interpretações equivocadas Chico Bento fez das situações que ocorreram no local? A que se devem essas interpretações?

  • Ao ver os nomes das lojas e das propagandas Chico Bento faz um comentário:"A professora ensinou tudo errado na escola". Por que ele chegou a esta conclusão?

IMPORTANTE:

O aprendizado e o desenvolvimento da leitura e da escrita ocorrem parte no cotidiano, no nosso dia-a-dia, e parte por meio de atividades sistemáticas na escola, com a utilização de reflexões sobre as práticas de nossa cultura e de outras culturas.

Podemos perceber no vídeo que Chico Bento faz as interpretações das situações de acordo com a sua LEITURA DE MUNDO. Encontrava-se em um lugar totalmente novo, diferente do seu ambiente. Seu conhecimento prévio de mundo fez com que associasse a "fonte do shopping" com o lago da fazenda onde mora.


  • Leitura do depoimento de Patativa do Assaré quanto às suas práticas de leitura:

"Eu estudei só seis meses. Agora eu fui me valer do livro. Que não era o livro didático não. Eu não queria saber de categorias gramaticais não. Queria saber de outras coisas. Eu lia era revista, era livro, jornais. eu queria era satisfazer minha curiosidade, não era ler gramaticalmente como vocês por aí não. Eu aprendi lendo. Com a prática de ler a gente vai descobrindo e sabe que nem pode dizer: TU SOIS e NÓS É. Eu aprendi com a prática."
Patativa do Assaré, Antônio Gonçalves da Silva, nascido em 1909, em Assaré, na Serra de Santana, no sul do Ceará, e morto aos 93 anos é um dos maiores poetas populares do país. Traduziu o sertão, dissecou sentimentos em verso e teve vários livros publicados.
  • Apresentação em vídeo de uma entrevista com PATATIVA DO ASSARÉ:


Patativa do Assaré, autor hoje consagrado em nossa cultura, traz seu aprendizado de leitura e escrita do seu cotidiano, das leituras que fazia do seu mundo, ou seja, fora da escola.
O aprendizado e o desenvolvimento da leitura e da escrita ocorrem, parte no cotidiano, no nosso dia-a-dia, e parte por meio de atividades sistemáticas na escola, com a utilização de reflexões sobre as préticas de nossa cultura e de outras culturas.
  • Pesquisa na Internet sobre "Letramento" e "Diversidade Cultural"(reportagens, artigos, notícias, vídeos etc.)
  • Apresentação da pesquisa realizada.

sábado, 10 de outubro de 2009

PROPOSTA DE TRABALHO PARA O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA : TEXTOS

 DE TRABALHO PARA O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA


- O QUE ENSINAR? - COMO ENSINAR? - POR QUE ENSINAR?

INTRODUÇÃO

Inicialmente (PARTE I), apresento uma proposta de seleção e progressão de conteúdos de Língua Portuguesa, de modo a responder à pergunta “O QUE ENSINAR?”
Posteriormente (PARTE II), demonstro os passos sucessivos de um trabalho focalizando um tópico da proposta inicial, de modo a responder à pergunta “COMO ENSINAR?”
Por último (PARTE III), proponho uma reflexão sobre a proposta apresentada, de modo a responder à pergunta “POR QUE ENSINAR?”

PARTE I

LÍNGUA PORTUGUESA NO ENSINO FUNDAMENTAL
O QUE ENSINAR?


De modo geral, a resposta à pergunta “O QUE ENSINAR?” é GRAMÁTICA, sendo entendida como:
- Substantivo, verbo, adjetivo...
- Plural, feminino...
- Ditongo, dígrafo...
- Acentuação, emprego de letras...
- Sujeito, predicado...
- Coletivos...


Vamos propor, no entanto, uma outra resposta para esta pergunta:

TEXTO


A seguir apresento uma sugestão para o trabalho com textos no Ensino Fundamental:

TEXTO INFORMATIVO INTERPESSOAL


Cartão (1ª/2ª) séries
Aviso (1ª/2ª)
Bilhete (1ª/2ª) Comunicado (1ª/2ª)
Convite “
ParticipaçãoSocial (3ª)
Anúncio de emprego
Requerimento
Ofício
Carta pessoal (3ª/4ª)
Carta-Emprego “
Carta-Comercial “
Relatório (4ª)
Ata
Telegrama (4ª)
Entrevista


TEXTO INFORMATIVO INSTRUCIONAL


Relato de operações vivenciadas no cotidiano (1ª,2ª,3ª)
Receita (4ª)
Bula
Orientação para jogos
(3ª/4ª)
Folheto de instruções
Manual Técnico


TEXTO INFORMATIVO CIENTÍFICO

Relato de pesquisas (4ª)
-Textos sobre as diversas áreas do conhecimento:
-História
-Geografia
-Matemática
-Ciências etc.

TEXTO INFORMATIVO MASSIVO

Manchete (1ª)
Notícia
Reportagem
Comentário
Cartaz (1ª/2ª)
Placa (1ª/2ª)
Outdoor (2ª,3ª,4ª)
Volante (4ª)


TEXTOS PERSUASIVOS

A) AUTORITÁRIOS
--Regulamento de procedimentos da vida familiar (1ª,2ª,3ª);
--Regulamentos de clubes da escola (3ª,4ª);
--Regimento da escola(4ª)
--Estatuto do Grêmio Estudantil:
-Direitos da Criança(4ª)
-Direitos humanos
-Direitos do Menor que trabalha:
-Direitos do Trabalhador;
-Direitos da Família;
-Contrato;
-Constituição Brasileira
-Texto religioso;
-Edital.

B) DE INDUÇÃO

-Publicidade comercial
(1ª a 4ª)
-Publicidade Institucional (4ª)
-Publicidade Oficial
-Ocultismo

C) POLÊMICOS

-Debate;
-Defesa de tese;
-Exposição de Motivos:
-Opinião (3ª/4ª)
-Comentário crítico
-Texto político
-Editorial

D) REIVINDICATÓRIOS

-Panfleto Estudantil;
-Panfleto Sindical;
-Manifesto;
-Carta Aberta.

TEXTOS LÚDICOS

A) FOLCLÓRICOS

-Fábula (1ª /2ª)
-Lenda e Mito (3ª/4ª)
-Jogo de Linguagem (brinco, trava-língua) parlenda, adivinhação
(1ª/2ª/3ª)

B) HUMORÍSTICOS

-Anedota
-Charge
-Tira (1ª/4ª)
-Quadrinhos (1ª/4ª)


C) LITERÁRIOS

-Poema
-História Infanto-juvenil
(1ª/4ª)
-Crônica
-Conto
-Novela
-Romance

COMO VOCÊ OBSERVOU A PROPOSTA É:

-Que o texto seja o centro do trabalho de Língua Portuguesa nas séries iniciais e finais do Ensino Fundamental;

-Que esses textos sejam de tipos diversificados;

-Que haja uma progressão entre as séries, considerando seu nível de complexidade.

“O trabalho deve se resumir a texto? E a GRAMÁTICA onde fica?


* PRESTE ATENÇÃO:
- Ensinar TEXTO significa ensinar a ler, a produzir e a reconstituir texto;
- Ensinar TEXTO não significa não ensinar gramática: significa, sim, eliminar a gramática classificatória e, em troca, dar um lugar especial a duas outras gramáticas:


A) A gramática que se constitui das regras, das características, das marcas da linguagem de cada tipo de texto;



B) A gramática que se constitui dos problemas linguísticos que aparecem na produção de texto do aluno.


Em resumo: eis O QUE estamos propondo que você ensine:

-
A ler textos diversos, examinando o conteúdo e as características da linguagem (gramática) própria de cada tipo;
- A produzir textos;
- A resolver problemas linguísticos identificados (gramática);
- A reconstruir textos produzidos.


PARTE II


LÍNGUA PORTUGUESA

“COMO ENSINAR?”

A SEGUIR, PROPOMOS UM ROTEIRO DE TRABALHO, DIRIGIDO PARA AS SÉRIES DO ENSINO FUNDAMENTAL






OBJETIVOS/ETAPAS

1) LEITURA DA REALIDADE SOCIAL.
2) LEITURA DO TEXTO.
3) PRODUÇÃO DE TEXTO.
4) AVALIAÇÃO DO TEXTO PRODUZIDO: IDENTIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS LINGUÍSTICOS
5) REALIZAÇÃO DE ATIVIDADES PARA SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS IDENTIFICADOS.
6) RECONSTRUÇÃO DO TEXTO PRODUZIDO.
7) RELEITURA DA REALIDADE SOCIAL.

- ROTEIRO PARA UMA ANÁLISE TEXTUAL


GÊNERO: TEXTO PUBLICITÁRIO

1ª ETAPA

1) LEITURA DA REALIDADE SOCIAL
É o questionamento sobre o contexto em que o o aluno está inserido , o que sabe, ou como se posiciona em relação ao tema do texto; esta etapa pode ser usada como motivação para a leitura.
Obs: os alunos ainda NÃO tem contato com o texto.



DEBATE SOBRE OS SEGUINTES TÓPICOS:


Como VOCÊ utiliza o telefone?
Que tipo de serviços são prestados através da utilização do telefone?
Você já ouviu histórias, piadas, etc. pelo telefone? Quanto tempo durou a ligação? Qual o valor?
Quem paga a conta na sua casa? Qual o custo?
Como podemos utilizar o telefone?




- APRESENTAÇÃO DO TEXTO
Ler o texto;
Observação das imagens:figuras, letras em destaque, números, etc:
* Como é apresentado o texto? O que chama mais a atenção?
*Qual a relação entre a imagem, as frases e as palavras em destaque?
Disque o quê? Para quê?
“Alô Pessoal!” A quem se refere a palavra “pessoal” no texto?
- Em que outros contextos podemos utilizar esta palavra?
& com o mesmo significado:
- “Vamos , pessoal!”
& com o significado diferente:
“Este assunto é muito Pessoal.
Quem é o enunciador (produtor), e o receptor (leitor) do texto?
Quais os objetivos do enunciador do texto?
Qual o lugar de origem do texto produzido?
O que está funcionando lá?
Como a “historinha” é caracterizada no texto?
Ligando para o número “200.20.21” o que acontece?

“Ligue agora” – “Disque 200” – Nessas expressões, que palavras parecem estar ordenando algo?
que frases, palavras etc...o enunciador do texto utiliza para convencer ou induzir o receptor?
RESPOSTA: “A Mônica vai adorar!”
Essa frase é verdadeira? Por quê?
Em que parte do texto o enunciador faz uma advertência ao receptor?
Como podemos classificar este tipo de texto?
Qual o objetivo deste tipo de texto?
Observação de outras propagandas e análise das relações entre as mesmas:
- estrutura
- linguagem
- enunciador
- receptor
- objetivo do texto


3ª ETAPA
INTERPRETAÇÃO ESCRITA DO TEXTO -
É o momento em que o professor desenvolve atividades para trabalhar a compreensão explorada oralmente e também cria atividades para trabalhar o vocabulário.

Ex: o estudo das palavras “debilitado”, “automaticamente”, “interurbanas” em diversos contextos.




4ª ETAPA
PRODUÇÃO TEXTUAL – É o momento em que o aluno vai colocar em prática o que aprendeu: competências e habilidades adquiridas para produzir um texto da mesma natureza trabalhada.



PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXTUAL:
Redigir uma propaganda considerando a seguinte situação comunicativa:
Enunciador e produtor: VOCÊ
Tema: venda de uma revista de história em quadrinhos;
Receptor: público infantil
Intenção: convencer o público leitor de que a sua revista é a melhor e deve ser adquirida.

5ª ETAPA
RELEITURA DA REALIDADE SOCIAL -
É o momento da reflexão e conclusão dos conhecimentos adquiridos durante o processo. Poderá ser feito através de um debate, seminário, relatório etc.
- Ex: Debate sobre os seguintes tópicos:
Quais são as características de uma propaganda;
Repercussão dessas características no leitor;
Cuidados especiais na leitura da propaganda para que tenhamos o reconhecimento da intencionalidade dos enunciadores em relação aos leitores;
Perceber até que ponto é verdadeiro o que está sendo anunciado.
6ª ETAPA
TRANSFORMAÇÃO DA REALIDADE SOCIAL –
É a ação do indivíduo no seu meio a partir dos conhecimentos adquiridos durante o processo.
Ex: O que podemos fazer para que não nos deixemos enganar tão facilmente pela propaganda?
ATIVIDADE:
- Crie um roteiro para o texto abaixo, utilizando os sete momentos da PROPOSTA DE TRABALHO apresentada acima.





















sexta-feira, 9 de outubro de 2009

GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS


DATA: 09/10/09

- Gêneros e Tipos Textuais

OBJETIVOS:


  • Identificar diferenças e semelhanças na organização de textos utilizados em diversos contextos de uso linguístico;

  • Relacionar gêneros textuais com competência sociocomunicativa;

  • Identificar características que levam à classificação de um gênero textual;

  • Distinguir características de gênero literário e gênero não literário.

  • Caracterizar gênero poético, de acordo com a função estética da linguagem.

  • Caracterizar sequências tipológicas descritivas e narrativas.

DESENVOLVIMENTO:
  • Leitura da mensagem "Almas perfumadas" de Carlos Drummond de Andrade;

  • Análise do vídeo " O Rei dos Elogios de Quixeranobim";

  • Apresentação dos trabalhos desenvolvidos pelas cursistas sobre o TP3.
A cursista DENISE apresentou um trabalho sobre " O Conhecimento Intuitivo de Gêneros", apontando diferenças e semelhanças na organização de textos utilizados em diversos contextos de uso linguístico. Chamando a atenção para o fato de que aprendemos a reconhecer e utilizar gêneros textuais no mesmo processo em que "aprendemos" a usar o código linguístico: reconhecendo intuitivamente o que é semelhante e o que é diferente nos diversos textos.
A cursista CATIANA apresentou um trabalho sobre GÊNEROS textuais e situação SOCIOCOMUNICATIVA. Declarou que os gêneros textuais são realizações linguísticas concretas definidas por propriedades sociocomunicativas , que é a situação de produção de um texto que determina em que gênero ele é realizado.

A cursista ROSÂNGELA apresentou um trabalho sobre a classificação de gêneros textuais. Salientou que a identificação e classificação dos gêneros depnde de uma série de fatores linguísticos e sociais e que os textos podem apresentar uma mistura de gêneros, com predominância de um. Por isso as classificações devem sempre levar em consideração a finalidade para a qual o texto é construído.






PRODUÇÃO TEXTUAL E REVISÃO TEXTUAL

DATA: 30/09/09

ROTEIRO DE TRABALHO

1. Produção Textual - Revisão Textual
(reestruturação e reescritura)
2.  Literatura

PASSOS DA REVISÃO
(Texto exposto no quadro pela professora Adelaide)

O trabalho com a escritura textual deve ser uma prática periódica, assim como o processo de revisão.
A revisão textual, coletiva ou individual, acontecerá semanalmente ou quinzenalmente. O tempo entre uma revisão e outra propiciará ao educando o amadurecimento necessário para uma nova escritura.
O professor pode conduzir a reunião na lousa com a contribuição dos educandos ou permitir que eles próprios realizem a revisão dos textos uns dos outros. Isso pode acontecer em duplas ou grupos maiores.
Na revisão, o professor utiliza uma matriz do texto escolhido transcrito na lousa, na transparência ou datashow e seus alunos acompanham a revisão com cópia do texto escolhido.

ASPECTOS IMPORTANTES:
  • Na revisão delimitar o caso a ser trabalhado ( pontuação, estrutura dos parágrafos, concordância etc.);
  • Não é o currículo que vai dizer quais os conteúdos a serem trabalhados, e sim o texto do próprio aluno;
  • O professor é o PERITO do texto do aluno. O texto é o CADÁVER. É ele , que vai, através das marcas , das pistas, das dificuldades que o aluno apresenta, determinar o que precisa ser trabalhado.
ANÁLISE DE UM TEXTO PRODUZIDO POR UM ALUNO
" Se criasa e se felis e te a vida pela frenti vive as aventura que o mudo tei. dai cuando agente fica adolecente vem os problema os pai fica pegano no pedajenti ai num pode isso num podi aqilo e briga todu dia o adolecenti ai o joveim si revouta e teim muitos problema tipo asim teim minina qui aruma bariga os cara usa droga briga dicanji fuma bebi u adolecenti teim cupa mais tipo asim os pai pudia te pasciença com nois."
  1. Percebe-se pelo texto do aluno que o mesmo parece ter a idade entre 11 e 12 anos, estando possivelmente na 5ª ou 6ª série. Pela linguagem e termos usados pensamos tratar-se de um menino de baixo nível sócio-econômico.
  2. Quanto ao nível de LETRAMENTO, constata-se que o aluno conhece o assunto sobre o qual fala, apresentando as idéias de forma coerente e coesa.
  3. Podemos perceber através das marcas textuais o reflexo da língua oral na língua escrita; - O texto é coeso, embora os conetivos utilizados pelo aluno não sigam os da norma padrão;
  4. O texto apresenta problemas de pontuação e estruturação de parágrafos, entre outros.
  5. ATIVIDADE PARA TRABALHAR A ESTRUTURAÇÃO DE PARÁGRAFOS:
  • Divida o texto acima em: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão;
  • Pinte a INTRODUÇÃO de AMARELO;
  • Pinte o DESENVOLVIMENTO de VERMELHO;
  • Pinte a CONCLUSÃO de VERDE.

ARGUMENTAÇÃO E LINGUAGEM

DATA: 29/09/09

ROTEIRO DO TRABALHO DESENVOLVIDO

1º) Socialização dos textos coletivos, alternando a apreciação de blogs.

2º) Estudo do TP6:

  • UNIDADE 21 - Argumentação e Linguagem
  • UNIDADE 22 - Produção textual: planejamento e escrita
  • UNIDADE 23 - Revisão e Edição
  • UNIDADE 24 - Literatura para adolescentes
RELATO DAS ATIVIDADES
Para trabalhar a unidade 21 do TP6, ARGUMENTAÇÃO E LINGUAGEM, a professora Adelaide propôs que fizéssemos a técnica do "Júri Simulado".
O tema escolhido foi "A Legalização do Aborto". A primeira etapa do trabalho consistia em reunirmo-nos em grupo e debatermos sobre o tema, assinalando os pontos relevantes sobre o assunto.
A sala foi dividida em dois grandes grupos; um a favor da legalização do aborto e o outro contra.
Cada grupo selecionou argumentos favoráveis a sua fala, ilustrando com exemplos e fatos significativos.
Os grupos tiveram a oportunidade de buscar na Internet vídeos, reportagens, entrevistas que reforçassem o seu posicionamento.
O júri simulado iniciou com a fala dos que eram contra a legalização do aborto. Cada grupo pode expor a sua opinião por meio de argumentos coerentes e lógicos.
O grupo vencedor foi o que era a favor da legalização do aborto.
Criar um PROJETO JURI SIMULADO pode ser uma forma muito interessante, lúdica, dinâmica para desenvolver as competências de produção de textos dissertativos/argumentativos com nossos alunos. Num primeiro momento, fariam uma pesquisa sobre o tribunal do júri: O que é? Para que serve? Quem pode participar? Como funciona? Qual é a função de cada personagem do júri? como é o ritual do Júri? Qual a estética? Depois é só escolher um TEMA POLÊMICO e por em prática o que pesquisaram.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA

1º MOMENTO

- Socialização dos trabalhos da 1ª etapa do GESTAR II

* Cada formador relatou as experiências que teve em seu município com a aplicação do GESTAR II(TP3/TP4/TP5) e EU, TP1 e TP2.

2º MOMENTO

* Produção de um texto coletivo respondendo algumas questões referentes à aplicação dos professores cursistas em suas turmas do Ensino Fundamental.

ANÁLISE DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELOS CURSISTAS


Cada professor selecionou a atividade a ser realizada com os alunos, de acordo com o que achavam interessante e dinâmico dentro dos temas propostos pelos cadernos de Teoria e Prática.
A professora cursista DENISE MARIA PETINELLI, por exemplo, escolheu trabalhar dentro do tema "Linguagem e Cultura", Unidade 2 - Variantes Linguisticas: Desfazendo equívocos, com o TEMA "Cada grupo social com o seu modo de falar", com uma 7ª série, por julgar que os alunos já estavam familiarizados com o tema, pois nas aulas de literatura havia trabalhado a Formação da Língua Portuguesa, valorizando as influências de culturas diferentes e propiciando a discussão dos preconceitos linguísticos.
A professora cursista MARIZENE ANTUNES NUNES, aproveitou que a aplicação das atividades coincidiram com o falecimento do cantor "Michael Jackson" e solicitou que os alunos buscassem diferentes tipos de textos, como reportagens em revistas , jornais e canais de televisão, propagandas, sobre a vida e obra do artista, para posteriormente montarem um painel dos textos trazidos. Fizeram também um debate sobre os textos trazidos e seus diferentes pontos de vista, a partir do mesmo assunto, deixando os alunos livres para expressarem oralmente sua visão das diferentes opiniões contidas nas declarações das notícias, reportagens, entrevistas etc.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

ANÁLISE LINGUISTICA E ANÁLISE LITERÁRIA

DATA: 17/09/09

OFICINA 4 - ANÁLISE LINGUÍSTICA E ANÁLISE LITERÁRIA


OBJETIVOS:

· Retomar conteúdos referentes as unidades 5, 6, 7, 8 do TP 2;
· Caracterizar a gramática interna e o ensino produtivo;
· Caracterizar a gramática descritiva e o ensino reflexivo;
· Caracterizar a gramática normativa e o ensino prescritivo;

DESENVOLVIMENTO:

· Apresentação de resumo em Power Point sobre o conteúdo trabalhado nas unidades 5, 6, 7, 8 , do TP 2;
· Apresentação dos trabalhos realizados pelos cursistas com as turmas do Ensino Fundamental na área de Língua Portuguesa.
· Apresentação de um roteiro para análise textual com os cinco momentos essenciais para sua interpretação:
1. Leitura da realidade social;
2. Leitura do texto e das suas marcas linguísticas;
3. Produção textual;
4. Levantamento dos problemas encontrados na produção dos alunos;
5. Proposição de atividades para solucionar os problemas encontrados na produção textual;
6. Releitura da realidade social.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A ARTE NA VIDA COTIDIANA

DATA: 10/09/09

TP 2 - UNIDADE 7 -

TEMA: Arte e Cotidiano

OBJETIVOS:

  • Identificar a Arte na vida cotidiana;
  • Identificar formas e características da Arte;
  • Identificar as funções da Arte.
  • Refletir sobre o papel que a Arte tem na vida das pessoas através do filme "O Carteiro e o Poeta".
DESENVOLVIMENTO:
  • Leitura da UNIDADE 7, seções 1, 2 e 3;
  • Apresentação dos trabalhos aplicados com as turmas dos cursistas;
  • Debate sobre aspectos importantes apresentados nos trabalhos;
  • Assistir ao filme "O Carteiro e o Poeta".
  • Ouvir e analisar a letra da música "Fantasia" de Chico Buarque.
http://www.youtube.com/watch?v=mU32cxGnNxo

terça-feira, 8 de setembro de 2009

GRAMÁTICA INTERNA, DESCRITIVA E NORMATIVA


DATA: 03/09/2009

OBJETIVOS:
  • Caracterizar a "Gramática Interna e o ensino produtivo;
  • Caracterizar “Gramática Descritiva” e o ensino reflexivo;
  • Caracterizar a “Gramática Normativa” e o ensino prescritivo.

    DESENVOLVIMENTO:
    1ª ETAPA

    Apresentação do vídeo “Motivação e Criatividade” com o palestrante Daniel Godri;
    Debate sobre os aspectos mais relevantes observados no vídeo;

    2ª ETAPAApresentação da UNIDADE 5 – Gramática e os seus vários sentidos;
    Leitura e discussão da seção 1 – A gramática Interna e o Ensino produtivo;
    Leitura e discussão da seção 2 – A Gramática Descritiva e o Ensino Reflexivo;
    Leitura e discussão da seção 3 – A Gramática Normativa e o Ensino Prescritivo.
    Leitura e discussão da UNIDADE 6 – A frase e sua organização;
    Leitura e discussão da seção 1 – O que é frase?
    Leitura e discussão da seção 2 – O período e a Oração;
    Leitura e discussão da seção 3 – As várias possibilidades de organização da frase e do período;

    3ª ETAPA
    RELATO DAS ATIVIDADES E EXPERIÊNCIAS DESENVOLVIDAS PELOS CURSISTAS COM TURMAS DE ALUNOS DAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.

domingo, 30 de agosto de 2009

O CORAÇÃO NO PODER

7º ENCONTRO

27/08/2009 - QUINTA-FEIRA

OBJETIVOS:
- IDENTIFICAR E CARACTERIZAR OS DIFERENTES TIPOS DE GRAMÁTICA;
-RECONHECER A IMPORTÂNCIA DE REALIZARMOS AS NOSSAS TAREFAS
COM AMOR E PRAZER.

DESENVOLVIMENTO


  • Iniciamos o encontro assistindo a uma palestra em vídeo de Daniel Godri "O Coração no Poder", onde ele relata a importância de estarmos motivados para sermos bem sucedidos em nossa profissão.
  • Cada cursista ficou responsável por apresentar um resumo de uma seção do TP2;
  • As cursistas estudaram e resumiram as suas seções que serão apresentadas no próximo encontro.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

O TEXTO COMO CENTRO DAS EXPERIÊNCIAS NO ENSINO DA LÍNGUA

6º ENCONTRO
Data: 16/07/2009

  • OFICINA II
    TEMA: O texto como centro das experiências no ensino da Língua

    OBJETIVOS:
    Apropriar-se do gênero textual apresentado no filme “O Xadrez das Cores”;
    Expressar-se utilizando a linguagem escrita;
    Desenvolver a capacidade de compreensão crítica da realidade;
    Adquirir sensibilidade para perceber os próprios valores e sentimentos e utilizá-los criticamente enquanto procedimentos de educação moral;
    Através da problemática abordada pelo filme desenvolver um roteiro de trabalho a ser aplicado em turmas do Ensino Fundamental em Língua Portuguesa;

    DESENVOLVIMENTO:

    a) Apresentação do curta-metragem “O Xadrez das Cores” de Marco Schiavon.
    b) Discussão em grupo:
    Os cursistas são convidados a expressarem sua compreensão a respeito do filme e da problemática abordada.
    Apartir das opiniões emitidas propor uma reflexão sobre os valores envolvidos na situação retratada pelo filme.

    c) Os cursistas divididos em grupos farão a leitura dramatizada da crônica que deu origem ao curta-metragem;
    d) Análise do locutor, interlocutor, pactos de leitura, presentes no texto;
    e) Os cursistas são convidados a elaborar um roteiro pedagógico para aplicação do filme e do texto em sala de aula.
    f) Apresentação das atividades desenvolvidas pelos cursistas com as suas turmas de alunos , sobre o “Avançando na Prática” do TP1 – UNIDADE 3 e 4.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

AFINAL O QUE É TEXTO? A INTERTEXTUALIDADE PRESENTE NOS TEXTOS...

Data: 09/07/2009

TEMA: O texto como centro das experiências no ensino da Língua

OBJETIVOS:

• Conceituar textos;
• Indicar as razões do estudo prioritário de textos no ensino/aprendizagem de línguas;
• Reconhecer os pactos de leitura dos textos, através dos seus interlocutores, com os seus reais objetivos.

CONTEÚDOS:

TP 1 – UNIDADE 3

• SEÇÃO 1 – AFINAL O QUE É TEXTO?
- Discussão sobre o que é texto.

• SEÇÃO 2 – POR QUE TRABALHAR COM TEXTOS?
- Apresentação sucinta da linha de estudos que gerou uma nova atitude com relação à necessidade de se trabalhar com textos.

• SEÇÃO 3 – OS PACTOS DE LEITURA
- Identificação dos interlocutores do texto com os seus reais objetivos.

DESENVOLVIMENTO:

a) Apresentação do vídeo “Um Salto para o Futuro” sobre “A Narrativa Fabulística e a Intertextualidade Presentes nos Textos”;

b) Debate sobre as seguintes questões:
• O que é fábula?
• Por que trabalhar com fábulas?
• Como trabalhar com fábulas?
• De que forma a intertextualidade está presente nas fábulas?

c) Os cursistas divididos em grupos farão a leitura das três seções do TP 1 – unidades 3 e 4 para posterior apresentação de um resumo para o grande grupo.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

TEXTO LITERÁRIO: O CORDEL

UNIDADE 2 / SEÇÃO 2


O TEXTO LITERÁRIO


Objetivos:

  • Apropriar-se do gênero textual da Literatura de Cordel, comparando-o com outras linguagens.

  • Produzir textos orais e escritos coesos e coerentes, dentro do gênero proposto.


  • Expressar-se por meio do desenho utilizando como ponto de referência as literaturas de cordel.


  • Conhecer a técnica de "xilogravura" das literaturas de cordel.


  • Compreender que o texto literário caracteriza-se pela possibilidade de usar qualquer dialeto e qualquer registro, em função das intenções do autor.

DESENVOLVIMENTO:


Iniciamos a aula com o curta-metragem "O Lobisomem e o Coronel" baseado na Literatura de Cordel.


A animação "O Lobisomem e o Coronel", nos apresenta um resgate da oralidade nordestina, deixando claro o quão variada é a cultura brasileira. As obras da literatura de cordel, presentes na tradição do Nordeste do país desde o final do século XIX, são produzidas pelo povo, com preocupação artística de comunicar a realidade com alegria e singeleza, tem com grande difusão popular enquanto arte folclórica. Nessa manifestação o povo canta os costumes, as denúncias, as crenças, os personagens reais e imaginários de seu cotidiano.


No trabalho com os alunos do Ensino Fundamental se torna uma importante ferramenta, já que esse gênero tem em sua essência a aproximação com a realidade e interesse de quem o escreve e também pelo seu caráter popular. Em sua escrita, não está em jogo, o uso correto e formal das palavras e sim o quanto o autor conhece sobre o assunto e como brinca com as rimas e frases. Por sua forma de ilustração, a "xilogravura", os desenhos tornam-se simplificados, demonstrando seu valor muito mais pela expressividade de seus traços.


O filme pode se tornar o disparador de uma atividade da qual o professor irá proporcionar aos seus alunos a vivência de uma prática literária e artística, valorizando seus conhecimentos anteriores, contribuindo com sua auto-estima e ampliando seu repertório textual e cultural.


DEBATE SOBRE OS SEGUINTES TÓPICOS:


  • Como a história é contada neste filme?


  • De que região do Brasil vem este tipo de história?


  • Por que na animação os personagens aparecem chapados (como se fossem de Papel)?



APRESENTAÇÃO AOS CURSISTAS DO ROTEIRO DO FILME DISPONÍVEL NO SITE "PORTACURTAS"



  • Pesquisa na Internet de outros textos de cordel, observando: estrutura dos textos, os temas abordados, a linguagem, a ilustração.


ATIVIDADE


  • Criação de um texto de cordel, baseado em reportagens e notícias atuais:


FOTOS DA ATIVIDADE:

Rosane e Rosângela trabalharam com a reportagem"Paixão afeta cérebro como droga que vicia, diz estudo".

Apaixonar-se tem um efeito semelhante ao provocado por drogas que viciam, de acordo com um estudo realizado pela Universidade Estadual da Flórida.


Catiana e Denise trabalharam com a reportagem "Deboche e arrependimento".

Após a dança da pizza e saraivada de críticas, ângela Guadagnin (PT) pediu desculpas: "Não quis Tripudiar".





Adélia e Maria Antonieta trabalharam com a reportagem "É proibido Morrer".

Uma proibição incomum para os moradores de Biritiba-Mirim, no interior de São Paulo. É que o prefeito fez um projeto proibindo as pessoas de morrer, de qualquer coisa. E quem desrespeitar a lei, será punido. O projeto de lei é claro: fica proibido morrer em Biritiba-Mirim. Os munícipes deverão cuidar da saúde para não falecer.(Jornal Hoje - Rede Globo - 08/12/2005).








TRABALHANDO COM O TP1

Trabalhamos com a unidade 2- seção 2 e 3 do TP1.
Divididos em duplas, os cursistas apresentaram os textos literários e suas peculiaridades.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

O CURTA "NEGÓCIO FECHADO"

Iniciamos a oficina apresentando o curta "Negócio Fechado" aos cursistas, proporcionamos a reflexão e comparação de diferentes suportes textuais dentro de um mesmo gênero, abrimos caminhos a uma parte de nossa cultura que nem sempre é abordada na Escola, além de contribuir para a compreensão da diversidade em nosso país, discutindo os diferentes valores sociais e culturais existentes.

Objetivos de aprendizagem:
  • Apropriar-se do gênero textual apresentado no filme(conto/causo);
  • Expressar-se utilizando a linguagem escrita;
  • Produzir textos coerentes e coesos de acordo com o gênero estudado;
  • Aprofundar seus conhecimentos sobre a cultura das Minas Gerais.
Desenvolvimento do trabalho:
  • Apresentação do filme aos cursistas;
  • Roda de conversa: discussão das impressões que tiveram em relação à história. Levantamento de hipóteses quanto ao gênero textual e cenário do filme. QUAL SERIA O FINAL DESTA HISTÓRIA NO CONTEXTO ECONÔMICO E SOCIAL EM QUE VIVEMOS?
  • Leitura para o grupo do conto do qual o filme foi inspirado: "Como a Gente Negoceia", de Olavo Romano;
  • Contextualização da história apresentando: o gênero textual explorado pelo autor: Causos- o estado brasileiro onde a história se passa.
  • Criação de um roteiro de trabalho para ser aplicado com os alunos dos cursistas, sobre os curta-metragens "Negócio fechado" e "Gaúchos e Cariocas", este produzido por uma turma de alunos do Ensino Médio, baseado na crônica de Luís Fernando Veríssimo.
  • Apresentação dos roteiros criados pelos cursistas;
  • Apresentação das atividades aplicadas em suas turmas durante a semana que passou.
O trabalho foi bastante produtivo e enriquecedor. Neste dia foram apenas quatro das oito cursistas inscritas.


quinta-feira, 25 de junho de 2009

CRIAÇÃO DE ROTEIROS COM CURTA METRAGENS

DIA DE OFICINA!!!!OBAAAAAAAA!!!!

             Na semana passada, dia 18/06, lemos e discutimos os textos das unidades 1 e 2. Alguns professores aplicaram o "avançando na prática" e levaram um relatório das atividades desenvolvidas com suas turmas. Hoje à noite, dia 25/06, está programada uma oficina com o restante dos cursistas que ficaram de aplicar com suas turmas o "Avançando na Prática".
Escolhi para iniciar a reunião um curta-metragem do DVD do site do "Porta-curtas", chamado "Curta na Escola". Este curta-metragem mostra a linguagem e os costumes das pessoas que moram no campo, em fazendas e que possuem um jeito peculiar de enxergar a vida. Dois compadres tentam negociar 50 cabeças de gado, mas não chegam a um acordo. No filme fica bem claro que para o dono das cabeças, mais importante que o dinheiro , é a "peleia", a negociação, já que ele desiste de vender para um outro fazendeiro que aparece oferecendo um valor muito maior que o do outro, sem contestar nada.
              Os cursistas debaterão sobre o filme, e em duplas, criarão roteiros possíveis de serem aplicados com os alunos em sala de aula. Após, farão a apresentação do roteiro, para posteriormente trabalharem com as suas turmas. Tirarei fotos do encontro e depois farei o relato aqui no blog.


PERFIS DOS CURSISTAS

Identificação do Professor-cursista de LP do Gestar II de Charqueadas – RS

ROSÂNGELA MARIA PIRES CÉZAR, Rg 20239193232, formada em Letras - Português e Especialista em Literatura Brasileira e Infanto-Juvenil, 45 anos, casada é professora da rede pública do município de Charqueadas.
Na rede Estadual trabalha na E.E.E.F. Dr. Ramiro Fortes Barcelos como multiplicadora do Espaço Interativo de Aprendizagem, 20 h, no turno da tarde, com alunos de 1º ano à 4ª série.
Na rede municipal, atua na E.M.E.F. Profª. Maria de Lourdes Freitas de Andrade com duas turmas de 6ª série, 20h, no turno da manhã que perfazem um total de 44 alunos, moradores das proximidades da escola. A faixa etária dos alunos é entre 11 anos e 15 anos. Em cada uma das turmas há, pelo menos, seis alunos que estão repetindo a série. O rendimento das turmas é regular, com notas entre 3,5 e 8,5. Apresentam problemas na leitura, interpretação e uma produção textual com problemas de ortografia e estruturação de parágrafos e vocabulário restrito. Os alunos com o rendimento baixo recebem atendimento na Classe de Apoio da escola, em turno oposto. Através de um trabalho do Laboratório de Informática, durante as aulas, são desenvolvidas atividades de produção textual e leitura em um blog colaborativo. Este trabalho tem motivado os alunos a aperfeiçoarem a produção textual e a leitura.


Rosane Lindner Brandão - RG 3039863802, SSP/RS - Professora de Língua Portuguesa e Literatura, com especialização em Pedagogia Gestora, 39 anos, casada, dois filhos. Professora da rede municipal (30 h) na E.M.E.F.Artur Dornelles, atuando com 6ª e 8ª série, e na supervisão do CAT,e da rede estadual( 20h), na E.E.E.F.Dr.Ramiro Fortes Barcelos, atuando atualmente como vice-diretora. As duas escolas que leciona localizam-se na periferia da cidade, nas margens de nosso Rio Jacuí. Nas duas séries em que trabalha percebe que há dificuldades na escrita , estrutura de parágrafos e ortografia, bem como, na interpretação de textos . Nesta escola a avaliação não é por notas e sim por pareceres, percebe-se que os alunos não tem o hábito de fazer temas, como não há cobranças por parte da família também, o que vem a acarretar em um desempenho fraco. Entre as duas turmas tem um total de 32 alunos. A carga horária é de 5 períodos semanais, por turma, destes, 2 são para dedicar-se à proposta pedadógica do Gestar II.

Professora-cursista de Língua Portuguesa do Gestar II de charqueadas/Rs

Catiana de Fátima Veiga do Nascimento – RG 9080663843, SJS/RS, 26 anos, solteira, natural e residente em Charqueadas – Professora graduada em Letras e Literatura Brasileira. Leciona a disciplina de Língua Portuguesa com as turmas da 5ª série na Escola Municipal de Ensino Fundamental São Miguel em Charqueadas e é professora de educação infantil em uma escola do município de Triunfo. Em relação às turmas que leciona, pode-se se dizer que são alunos com poucos recursos financeiros, estão em faixa etária desproporcional – alunos entre 10 e 14 anos -, muitos são repetentes da mesma série, outros de séries anteriores. Apresentam dificuldade acentuada na leitura e na compreensão do texto, bem como na escrita de textos, além de problemas de coesão e coerência. A maioria doa alunos possui nota média, sendo que poucos atingem médias acima de 7.5. Considerável parte desses alunos mostra-se descomprometida com a aprendizagem, o que faz com que o trabalho se torne, além de desafiador, mais árduo. Sobre a aplicação do projeto Gestar II, de acordo com as propostas desenvolvidas nos encontros, estas estão sendo aplicadas e inseridas na prática educativa de uma das turmas de 5ª série, sendo equilibradas com as propostas educativas já definidas pela professora.

domingo, 7 de junho de 2009

O SABER DO CORAÇÃO!!!




"Não é necessário conhecer a língua do lugar para conhecer uma fonte de luz ou uma montanha de cristal. O CORAÇÃO SABE o que a língua jamais poderá pronunciar, nem os ouvidos poderão ouvir... conheço o seu coração: eu visitei, portanto, a sua morada mais importante".
Iniciamos, nesta quinta-feira, dia 4 de junho, às 18 horas, o curso de capacitação de Língua Portuguesa GESTAR II, para professores de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental. Participaram do encontro: a Coordenadora Pedagógica Rosemari Nunes Costa, a Secretária de Educação Maria Erony Fantinel; eu, é claro! Luza Mai e mais quatro cursistas dos sete inscritos.
Após as apresentações, passamos uma mensagem de motivação em power point e discutimos sobre as expectativas do grupo em relação ao curso. Trabalhamos com o Guia Geral e depois, os cursistas manusearam o material didático para que se familiarizassem com a estrutura do mesmo.
Lemos o texto da Unidade 1 do caderno TP1, Variantes linguísticas: dialetos e registros. Foram discutidas as questões no fim da página 13. Após os cursistas dois a dois, leram a crônica "Retrato Velho", discutiram as questões propostas na pág. 16 e socializaram com os demais.
Encerramos o encontro com a proposta de que os cursistas fariam a leitura de toda a Unidade 1 e escolheriam um "Avançando na Prática" para aplicarem com suas turmas e trazerem o relatório para o próximo encontro que será dia 18 de junho, às 18horas.